Voilá Monsieur François Hollande !
François Hollande ganhou a segunda volta das eleições presidenciais em França com 52 % dos votos, bem à frente do seu rival Nicolas Sarkozy - após um desempenho medíocre na presidência - numa eleição com forte participação do eleitorado.
As promessas tentadoras do candidato vencedor, tais como a reforma aos 60 anos para quem tenha uma carreira longa de contribuições, a admissão de mais de 60 mil professores no ensino público entre outras, certamente pesaram na decisão dos franceses, apesar de significarem um desiquilíbrio ainda maior do défice público.
Mas a mais tentadora foi sem dúvida a promessa do fim da austeridade e do relançamento do crescimento económico. Mas para que tal acontecesse, a economia francesa e europeia teriam de rapidamente ganhar competetividade a nível mundial, coisa que ninguém consegue imaginar a curto prazo, sobretudo quando ambas abdicaram do seu setor industrial.
O resultado de todas estas promessas será um aumento rápido da despesa pública, bem como do endividamento do Estado gaulês, com degradação da notação deste pelos mercados (a França perdeu recentemente a notação de triplo A da sua dívida) e a subida rápida das taxas de juro em operações futuras de empréstimo.
Como previu Noriel Roubini - professor de economia na Stern School of Business em New York - a quem os mercados ouvem com respeito, ao contrário do que sucede com os políticos europeus falaciosos, " (...) o euro não desvalorizará, a competitividade externa não será restaurada e a recessão irá agravar-se (...). " E ainda " (...) a recessão na periferia da Zona Euro está a agudizar-se e a transitar para o centro, nomeadamente para a França e para a Alemanha (...).
Nota final - A economia chinesa registou um crescimento no ano anterior de 9,5% - na União Europeia foi de 1,6% - e apesar disso alguém imagina que por lá os cidadãos se possam reformar aos 60 anos? Competitividade essa palavra proibida...
Nota final - A economia chinesa registou um crescimento no ano anterior de 9,5% - na União Europeia foi de 1,6% - e apesar disso alguém imagina que por lá os cidadãos se possam reformar aos 60 anos? Competitividade essa palavra proibida...
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