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sábado, março 01, 2014

O "Czar" Russo Putin Invadiu a Ucrânia !

Esquadra Russa do Mar Negro, em Sebastopol (Crimeia).
A queda do governo em Kiev e a fuga do Presidente ucraniano Viktor Yanukovych - um lacaio às ordens de Putin - surprendeu Moscovo, que rapidamente enviou tropas e material militar para a Crimeia, com a habilidade patética de, quer o material, quer os miliares russos não ostentarem qualquer símbolo nacional, de modo a fazerem-se passar por forças milicianas da região.

Sob o pretexto de proteção à população russa na região autónoma da Crimeia, o Presidente Russo desencadeou uma verdadeira invasão deste território ucraniano.

O acordo internacional assinado em Budapeste no ano de 1994, consignava o reconhecimento da independência da Ucrânia e o respeito pela integridade do seu território (que incluía a Crimeia); os países signatários deste acordo internacional foram para além da Rússia e da Ucrãnia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América. Por sua vez a Ucrânia compremeteu-se (e cumpriu !) em desmantelar o seu arsenal atómico, que consistia em cerca de 1900 ogivas nucleares. Este armamento foi transportado por via férrea para a Rússia e aí procedeu-se ao seu desmantelamento. 

Fica claro para a comunidade internacional, que a Rússia só aceitou a independência da Ucrânia, desde que esta nação permaneça como um seu protetorado e qualquer tentativa de autonomia plena será de imediato sufocada por Moscovo.

Os países do norte e centro da Europa dependem extremamente do petróleo e gás russos, pelo que as futuras sanções não poderão ser muito penalizadoras no presente cenário, onde a União Europeia enfrenta uma longuíssima estagnação econónica. Do ponto de vista militar e estratégico esta região, ou seja a Crimeia não vale propriamente uma guerra. E haverá ainda que ter em conta que a União Europeia não tem propriamente uma estrutura de defesa enquanto tal, mas tão só a possibilidade de reunir contingentes dos paises membros em cooperação direta, aquando da existência de crises de segurança. 

Alguns países - como a Polónia - que pertenceram ao antigo Pacto de Varsóvia, já demonstrram forte preocupação pela sua segurança, em virtude da presente crise entre a Rússia e a Ucrânia.
A proeza vai custar cara a Moscovo pois para além das sanções internacionais inerentes a esta ação hostil e de força, poderá levar ainda a que a Ucrãnia venha a solicitar uma aproximação à União Europeia e até a adesão à  N.A.T.O, situação esta que deixaria a Rússia em verdadeiro estado de choque.