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domingo, maio 15, 2016

Soberania em "Part -Time" .

 
Só alguém desprovido do mais elementar bom senso, poderia defender a ideia peregrina, dos titulares de órgãos  de soberania  exercerem os  respetivos cargos a tempo parcial.
Seria de todo ridículo e inimaginável, que tal acontecesse com um chefe de Estado, um ministro, ou mesmo um secretário de Estado.
Como é possível que os deputados da Assembleia da República sejam a exceção? Parece que pretendem adotar o modelo de uma qualquer assembleia municipal, ou  assembleia de freguesia. Será esse o caso?
Um deputado do parlamento dinamarquês - questionado sobre esta matéria - declarou que independentemente de eventuais conflitos de interesses, o trabalho sério e responsável a realizar era de tal maneira intenso, que não imaginava outra forma de empenhamento, que não fosse em dedicação exclusiva.
A remuneração dos deputados - se bem que matéria de outra índole - é importante e para que a função de representação atraia os melhores, obviamente tem de estar em consonância com este desiderato. A dimensão do corpo parlamentar deve ser adequada, adotando-se como referência aquela existente em países europeus com demografia semelhante.
Chegou a hora de acabar com o amadorismo  e de uma por vez por todas dignificar a função de representação política !  Caso contrário não venham depois queixar do velho populismo e doutras doenças imaginárias, como desculpa para comportamentos inadmissíveis.