Soberania em "Part -Time" .
Só alguém desprovido do mais elementar bom senso, poderia
defender a ideia peregrina, dos titulares de órgãos de soberania
exercerem os respetivos cargos a
tempo parcial.
Seria de todo ridículo e inimaginável, que tal acontecesse
com um chefe de Estado, um ministro, ou mesmo um secretário de Estado.
Como é possível que os deputados da Assembleia da República
sejam a exceção? Parece que pretendem adotar o modelo de uma qualquer
assembleia municipal, ou assembleia de freguesia.
Será esse o caso?
Um deputado do parlamento dinamarquês - questionado sobre
esta matéria - declarou que independentemente de eventuais conflitos de
interesses, o trabalho sério e responsável a realizar era de tal maneira
intenso, que não imaginava outra forma de empenhamento, que não fosse em
dedicação exclusiva.
A remuneração dos deputados - se bem que matéria de outra
índole - é importante e para que a função de representação atraia os melhores,
obviamente tem de estar em consonância com este desiderato. A dimensão do corpo
parlamentar deve ser adequada, adotando-se como referência aquela existente em
países europeus com demografia semelhante.
Chegou a hora de acabar com o amadorismo e
de uma por vez por todas dignificar a função de representação política ! Caso contrário não venham depois queixar do velho populismo e doutras doenças imaginárias, como desculpa para comportamentos inadmissíveis.
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