Estagnação Fatal
A lengalenga oficial, que a presente
estagnação económica se fica a dever à conjuntura internacional, não passa de
uma desculpa de mau pagador eivada de preconceitos ideológicos.
A República da Irlanda desmente-a
da forma eloquente com um crescimento de 7,8% em 2015 e a previsão de 4,6% para
o ano corrente, conseguindo ainda a proeza de duas agências de notação terem
elevado para o nível A, a classificação da sua dívida soberana, num país ainda
há bem pouco tempo sob resgate.
Os analistas de referência
indicam para Portugal um crescimento de
1% , ou seja praticamente a estagnação, mesmo com a muleta do quadro
comunitário de apoio.
O suporte parlamentar de
trotskistas e comunistas ao executivo, bem como a decisão de rasgar contratos
recentes e múltiplas reversões fez
desaparecer por completo os investidores da linha do horizonte.
Sem crescimento acima de 3%
Portugal não poderá sustentar o Estado social, muito menos atingir a meta do
défice sem recorrer a mais austeridade, ou dispor de um sistema bancário
robusto e face ao garrote da dívida compromete seriamente a presença na moeda
única.
Um governo que não consegue
mobilizar o país para o crescimento económico manifestamente não serve e o
atual nem copiar os bons exemplos sabe!
Texto publicado no Jornal Público em 11.06.2016 e assinado pelo autor deste blog.
Texto publicado no Jornal Público em 11.06.2016 e assinado pelo autor deste blog.
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