Eleições Presidenciais em França - 23 de Abril de 2017.

A França é um país com uma história turbulenta,  ostentando uma tradição de revoluções e com muito menos tradição de reformas, exatamente o oposto do Reino Unido.

Em França a esquerda manteve-se muito mais tempo no poder, que em outros lugares, conseguindo até ganhar um valor quase mitológico, ou para alguns mesmo religioso.

No decurso da 2ª Guerra Mundial, a resistência francesa à ocupação do seu território pelo III Reich foi feita basicamente por 2 grupos distintos e inconciliáveis: os seguidores do general De Gaulle e os comunistas, a partir de 1941. Estes últimos só a partir dessa data, já que entre 1939 e 1941 vigorou o pacto germano-soviético e os gauleses seguidores de Moscovo não se atreviam a contrariar a política de Josef Stalin.

Os gaulistas têm uma lado anti-americano, cuja origem reside no facto do general se ter sentido desconsiderado pelo presidente Franklin Roosevelt e por outro lado a esquerda comunista ser muito forte durante longo tempo, levou a que as soluções para o país viessem preferencialmente da área da esquerda e os socialistas beneficiaram durante décadas desta conjuntura.

 

Hoje em dia a esquerda francesa perdeu de tal forma a credibilidade interna, que nas próximas eleições presidenciais nenhum candidato desta área tem a mínima probabilidade de chegar à 2.ª volta (turno) das eleições.

 

O próximo chefe de estado da França será escolhido entre o seguinte triunvirato de candidatos à direita:
 

Emmanuel Macron, Marine Le Pen e François Fillon.