"Um fraco Rei faz fraca a forte gente" (*)

Este verso do maior poeta lusitano de todos os tempos, não podia ter maior actualidade, que a do tempo presente; a situação da União Europeia - e a nossa em particular - no que diz respeito à respectiva liderança, demonstra à saciedade, uma mediocridade jamais imaginável pelos fundadores do projecto europeu.
Ao invés dos mais conceituados dirigentes europeus, tais como Willy Brandt, Helmut Schmidt, François Miterrand ou Olof Palme entre outros, que assistiram às privações da 2ª guerra mundial , aqueles que estão hoje à frente do destino da União Europeia são filhos do babe boom do pós-guerra e como tal viveram sempre no conforto e aconchego das facilidades proporcionados pelos seus progenitores. Sem essa memória presente, o egoísmo dos Estados do norte e a anarquia vivida pelos congéneres do sul, conduz inevitavelmente o continente europeu à decadência.
(*) In "Os Lusíadas" (Canto III, 138) de Luís Vaz de Camões [1524-1580]