Descentralizações...
Hoje para o poder político (leia-se o bloco central [Partido Social Democrata e Partido Socialista]) tudo o que dá problemas é atirado rapidamente para os municípios em nome da descentralização e para cúmulo, a respetiva associação aceita ingenuamente, porque ainda acredita que tal transferência dará lugar a votos!
Acontece que dos 308 concelhos existentes, 115 têm menos de
10 mil habitantes e em 38 destes só por lá vivem menos de 5 mil almas. Ou seja
uma parte significativa da nossa administração local não tem massa crítica,
para desempenhar as funções a descentralizar, seja na área da saúde , na educação, ou no apoio social. Para que tal fosse possível seria
necessário realizar previamente uma reforma administrativa, coisa que as
luminárias do situacionismo fogem a sete pés só de ouvir falar!
A propósito convirá recordar, que a última grande reforma administrativa de Portugal - não contando com alterações cosméticas - data de 1836 e tem a autoria de Pasos Manuel!
Convenhamos, que como todos o sabemos, a sociedade atual já não tem nenhuma semelhança com aquela existente no século XIX ! Uma redução do números de sedes de concelho impõe-se, mas obrigatoriamente acompanhada de uma articulação com a criação de extensões administrativas daqueles em localidades isoladas, quer pela distância aos centros urbanos mais importantes, quer pela orografia.
Mas perante o populismo, ou a demagogia dos vendedores de banha da cobra, unicamente focados em vender facilidades para atingirem o poder rapidamente e as suas correspondentes benesses, só me resta evocar o velho adágio popular, "com papas e bolos se enganam os tolos ".
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