Nome:
Localização: Portugal

quinta-feira, junho 21, 2018

Quando o Caos Vem de Cima !


No passado, a anarquia, a desordem e o caos associados eram invariavelmente provenientes dos mais desfavorecidos social e economicamente, porém atualmente é exatamente no topo das estruturas públicas - e não só - a origem mais que evidente da contínua desorganização, que varre transversalmente e quase por completo a órbita do setor estatal.

Os exemplos abundam, desde a sistemática decapitação do comando da estrutura de proteção civil paralisando-a na prática por completo, passando pela saúde pública, onde hoje só uma figura mediática pode ter a garantia de atendimento adequado e em tempo aceitável.

A opção governamental de privilegiar a contratação de funcionários públicos, em detrimento de atualizações salariais dos existentes, traduzir-se-á por gente a mais no Estado com salários degradados e inevitavelmente baixa produtividade, o oposto da qualidade nos serviços, das boas práticas europeias e até de alguma retórica oficial.

Na administração, a informatização conjugada com uma reestruturação racional, permitiria levar a uma redução de pessoal comparativamente com o passado recente, implicando maior qualificação, mas a tutela nega o mais que óbvio.

O planeamento de recursos humanos através de indicadores de gestão e um quadro de dirigentes escolhidos por mérito através de concurso são duas condições incontornáveis a observar; a primeira está completamente ausente decorrente de inobservância da segunda, quando temos em quantidade apreciável, chefias nomeadas por afinidade partidária, seguidismo, ou pior, sem formação adequada à função, limitando-se desta forma ao papel de meros capatazes de ocasião.

O resultado é um monumental desperdício de recursos - ineficiências de toda a ordem – com decisões tomadas por critérios de “palpitismo”, ou outros sem um átomo de racionalidade.

Como sói dizer-se nas academias militares: não há maus soldados, mas tão só maus oficiais!

Post Scriptum : Há poucos dias o Observatório Português dos Sistemas de Saúde revelou que o país desconhece os profissionais de saúde que estão efetivamenter a trabalhar, o que invalida qualquer política de proridades de recursos humanos, trata-se de uma situação absolutamente inadmíssivel.