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terça-feira, novembro 06, 2007

Contas Portuguesas...


Por muitos debates que se façam, por muitos artigos de opinião que se escrevam, a realidade económica lusitana é incontornável: somos um país profundamente pobre e com a agravante de ser aquele onde as diferenças sociais se encontram mais estremadas.

Os indicadores económicos não ocultam a realidade, é que se orçamento para 2008 prevê um crescimento de 2,4% , a UE aponta 2,2% e o FMI uns paupérrimos 1,8% . No mesmo orçamento a inflação situa-se nos 2,1% mas a UE através da sua Comissão refuta tal valor, e aponta para 2,4%. Ou seja a maioria da população portuguesa vai ficar ainda mais pobre, com o desemprego a fixar-se nos 8,0% segundo a Comissão Europeia e 7,6% de acordo com o governo. O défice ficará em 3% do PIB este ano e 2,6% em 2008 de acordo ainda com as previsões da C.E.

No já insuportável e inútil ( porque tudo fica exactamente nas mesma no dia seguinte) programa da televisão pública designado por "Prós e Contras" , o economista Silva Lopes demarcando-se da táctica partidária de governo e oposição de tentarem sempre marcar um "pontinho político", referiu que o futuro de Portugal não pode ser risonho, nem a curto nem a médio prazo. É que para que a economia cresça, torna-se necessário aumentar significativamente o endividamento, e este já ultrapassou há muito o limite do aceitável (64% do PIB) . Convirá referir que este parâmetro, constitui também um dos critérios de convergência que a República Portuguesa se obrigou a respeitar, e não unicamente o controlo do défice público. O citado programa televisivo arrasta-se cada vez com menos audiência, e com a sua apresentadora a interromper consecutivamente os convidados dilacerando assim o raciocínio destes, com a agravante ainda do modelo do programa com uma assistência enorme, ser uma forma primária de dar uma pseudo solenidade ou importância, que não é mais que uma habilidade requentada europeia dos anos 80. Mas o mais caricato nas intervenções efectuadas, foi aquela de um ex-ministro que usufruindo de uma mordomia (pensão de reforma) das arábias, proveniente de um banco público, se permitir opinar num tom moralista e justiceiro. quanto ao rigor e racionalidade das contas públicas.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Querido amigo.
as tuas notas permanecem certeiras e lúcidas. No limite, veremos que país teremos daqui a dez anos. Estaremos por cá?
Um abraço e ... keep on forward.

João Eduardo

11:18 da tarde  

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