Nome:
Localização: Portugal

quarta-feira, dezembro 12, 2007

ÍCONES



Mercedes 180D " O Fogareiro "




Para muita gente nos dias de hoje o termo "fogareiro" do calão lisboeta, é sinónimo de taxista ou como se dizia noutros tempos ( anos 20 a 50) chauffeur, porém convirá referir que a origem da expressão prende-se como o modelo 180D da Mercedes-Benz. Acontece que antes da marca automóvel da cidade alemã de Stuttgard, ter entrado na frota dos veículos de táxi da capital, as avarias eram constantes com os custos decorrentes e as dores de cabeças para os respectivos proprietários. Porém quando os primeiros Mercedes ( modelo 170) apareceram nos anos 30 pelas ruas da cidade das sete colinas, tudo mudou uma vez que a fiabilidade dos motores deixou perplexos os motoristas, que logo adoptaram a marca como a preferida, se bem que o seu preço não fosse propriamente o mais baixo do mercado . Ao contrário do que se possa imaginar, o importador da marca em Portugal no inicio opôs-se com veemência a tal escolha, pois considerava que a imagem de táxi, desvalorizava de sobremaneira o automóvel aos olhos da clientela abastada. Mas se o Mercedes 170 (alcunhado de Matateu*) granjeou elogios, o topo da eficácia veio com o modelo que lhe seguiu nos anos 60, ou seja o 180 a diesel, cuja robustez e simplicidade na manutenção eram de tal ordem, que a comparação com um utensílio doméstico como um fogareiro (dado que não tem manutenção) pareceu adequada aos seus condutores, se bem que com as devidas diferenças.
* Famoso jogador de futebol do Belenenses, que conduzia regularmente um Mercedes 170, daí a alcunha.