A Cinemateca Portuguesa que nunca tivemos.
O recente desaparecimento de João Bénard da Costa trouxe à luz da ribalta, o papel da Cinemateca na vida cultural do país. É inegável que aquele seu antigo director, desempenhou uma função importante no emergir da instituição, mas como acontece em muitos casos, a sua liderança eternizou-se no tempo com efeitos nefastos, é que permanecer quase 30 anos à frente de qualquer organismo, é sempre manifestamente excessivo.
Um dos aspectos mais negativos da sua direcção é que a Cinemateca nunca fez a edição de filmes portugueses que possui em arquivo, mas tão só de livros abordando maioritariamente a cinematografia internacional, sinal bem evidente da verdadeira asfixia que os críticos de cinema exercem sobre a instituição.
A Cinemateca tem sido dirigida como se de um pequeno clube de cinema se tratasse - exceptuando o seu orçamento - negligenciando de sobremaneira a actividade que está obrigada a cumprir na divulgação da sétima arte produzida em Portugal, ou será por mero acaso que se diz Portuguesa ?
Hoje em dia qualquer cinéfilo pode adquirir a preços módicos através das lojas electrónicas online (como a Amazon por exemplo ) qualquer das grandes obras do cinema mundial e visioná-la calmamente em casa sem ter de recorrer aquele organismo público, isto é uma evidência cartesiana que parece ter sido esquecida pelos seu dirigentes, de modo que já é hora de mudar definitivamente de rumo.
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