Pressões e Contra-Pressões nos Media
A degradação mais absoluta da vida pública e política na sociedade portuguesa, alastrou como mancha de óleo a todos os sectores, e como tal os media também não ficaram incólumes. O curioso é que, muitos dos que hoje mais se insurgem contra a "domesticação" da comunicação social perante o poder, têm um passado nessa matéria pouco recomendável, à luz de algumas revelações ultimamente feitas em audições no Parlamento.
O poder político sempre pugnou pela boa imagem, - condição necessária para a manutenção no poder em democracia - pela ocultação ou branqueamento dos erros cometidos e inevitavelmente pela propaganda !
Nos países mais desenvolvidos, onde existe uma forte sociedade civil, o poder político tem fortes limitações naturais para conseguir pressionar uma vasta constelação de orgãos de comunicação praticamente todos privados.
Acontece que numa nação pobre, pequena e periférica como a nossa, com poucos jornais, estações de rádio ou canais de televisão, bem como ainda um largo sector público (RTP1, RTP2, RTPN, RTP Internacional, Jornal da Madeira, etc) acompanhado por um frágil seu equivalente privado, é incomparavelmente mais fácil exercer influências e orquestrar opiniões.
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