A Tragédia Grega.
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A situação criada pela prevista incapacidade do Estado Helénico em honrar os seus compromissos internos e externos a curto prazo, – por falta de liquidez financeira – com a inevitável implosão social impõem a necessidade de ser previsto um plano de emergência humanitário europeu, por forma a minorar o sofrimento, a que as populações ficarão sujeitas. Até porque convirá lembrar, que saída da Zona Euro não equivale necessariamente a uma renúncia à União Europeia.
Outra questão crucial coloca-se ao nível da segurança em torno da Grécia, nomeadamente no mar Egeu e em Chipre, onde várias disputas territoriais com a Turquia têm sido muito acesas nas últimas décadas. Convirá lembrar que em 1974 ocorreu uma invasão de Chipre pela Turquia, em resposta a um golpe militar comandado por Atenas.
O contexto atual poderá ser agora mais tentador que nunca, para Ancara tirar desforço, face a uma Grécia extremamente fragilizada. A NATO, organização à qual pertencem os dois antagonistas poderá vir a desempenhar um papel de apaziguamento e alívio de tensões, em caso de qualquer crise futura de segurança na região. E quando tudo isto vier a acontecer, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu não deixarão de como sempre emitir as necessárias e habituais declarações de circunstância… noblesse oblige!
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