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terça-feira, setembro 18, 2007

Aquilino Ribeiro: uma homenagem justa !


É da mais elementar justiça a transladação dos restos mortais do Mestre Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional, homenageando assim um dos maiores escritores portugueses de sempre.
Aquilino como a maioria dos beirões e dos povos do interior de Portugal - com laços genéticos à Meseta Ibérica mais que evidentes - foi um homem de acção ao contrário de muitos que hoje se limitam a rosnar à sua memória, e cuja característica mais visível é a de possuírem uma espinal-medula feita certamente de borracha, tantas são as vezes que praticam a arte da vénia e da subserviência.
Uns cavalheiros que se intitulam de monárquicos - espécie hoje em dia mais rara que o lince da serra da Malcata - atribuem-lhe a co-responsabilidade, imagine-se no regicídio sem apresentarem nenhuma prova factual convincente ! Os partidários da coroa, esquecem-se que os últimos anos da monarquia no país foram um total descalabro quer nas finanças, na economia ou na degradação do ambiente social, para não falar na humilhação que o país sofreu pelo Reino Unido com a questão do chamado mapa cor de rosa. O rei D. Carlos tinha por hábito designar Portugal por " a piolheira " ; ora um chefe de estado que profere este tipo de adjectivos para com a sua própria nação, não merece representá-la. A juntar a isto temos a repressão contra os opositores, republicanos ou não, e a responsabilidade política pela ditadura de João Franco, ou seja entre o monarca e a sociedade portuguesa o divórcio já era mais que evidente.
Mas o que importa aqui é falar do principal e não do acessório, ou seja abordar o magnífico legado de Aquilino Ribeiro que nos deixou cerca de 45 livros, embora existam ainda inéditos por publicar. Faltam novas edições de muitos dos seus livros, outras traduzidas e sobretudo publicar os seus trabalhos inéditos.