450 Milhões de €s em Perda, nos EH-101.

Cerca de metade da frota de 12 aparelhos dos recentemente adquiridos helicópteros EH-101 Merlin, encontra-se imobilizada por falta de componentes sobresselentes. O contrato de manutenção e operação ainda não foi adjudicado, pelo que a Augusta-Westland continua a prestar apoio à frota, e as contra-partidas para a indústria portuguesa aguardam certamente pelo dia do Juízo Final; porém a despesa de 450 milhões de €s já foi realizada pelo Estado, como já é habitual nestes casos. A situação é de tal modo crítica - Portugal assumiu compromissos internacionais em matéria de salvamento aeronaval - que a FAP pondera já a reactivação de alguns dos velhos helicópteros Puma (recebidos em 1969), armazenados na Base Aérea de Beja, e destinados a serem vendidos ao exterior. Se tal se vier a verificar, os custos inerentes à gestão de meios aéreos e humanos, relacionados com os dois modelos de hélis, irá fazer desequilibrar muito significativamente as previsões orçamentais da Força Aérea, uma vez que as previsões apontavam para um único tipo de aparelho. Quem foi o responsável por este programa de reequipamento, que permitiu esta inadmissível lacuna? É para isto que servem os impostos pagos pelos contribuintes? Ou será que teremos que recorrer a Espanha, e ao seu modelo civil de Salvamento Marítimo ( na dependência do Ministério de Fomento) ?