Nome:
Localização: Portugal

sexta-feira, novembro 24, 2006

(Des) Protecção Civil


Colapso de um muro de suporte na Academia Militar em Lisboa




A ocorrência das mais recentes intempéries revela à luz mais cruel da realidade, a absoluta fragilidade das nossas infraestruturas de todo o tipo. Linhas eléctricas de média e baixa tensão caem com uma facilidade que revela trabalho de amadores, linhas férreas ficam danificadas impedindo a circulação , construções recentes são inundadas ou porque se encontram muitas vezes em leito de cheias ou porque no local não existe qualquer drenagem dos solos adajacentes. Acontece que muitas das medidas preventivas ou corretivas não foram implementadas pela pior das razões; é que uma parte significativa delas implica intervenções no subsolo ou seja sem visibilidade pública e como tal não dão votos, pelo que acabam sempre por serem adiadas ou completamente esquecidas e se houver problema sério, sempre é mais cómodo vir para os telejornais das 20 horas reclamar invariavelmente subsídios ! Imaginem o que aconteceria se numa linha já com TGV , tivesse ocorrido uma situação idêntica aquela que ocorreu na primeira semana de Novembro deste ano - quando as vias férreas nas linhas do do Norte e do Sul ficaram inoperacionais devido à cedência do solo de fundação - com uma circulação ferroviária lançada a 300 km/h em que os sensores de via tivessem falhado e o maquinista não fosse alertado ? Torna-se difícil acreditar com optimismo na ideia do TGV, se nem em baixa ou muito baixa velocidade conseguimos assegurar o mínimo, quanto mais em alta ?