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sábado, setembro 22, 2007

Mendes e Menezes ou Dupont et Dupond !


O debate entre os dois candidatos á liderança do PSD, foi de uma pobreza franciscana quanto a soluções para o país. F. Menezes descobriu a pólvora - apesar de falar em menos Estado caiu numa contradição monumental - ao tirar da cartola a peregrina ideia de criar um " Grupo Promotor de Construção Civil " leia-se o lobby do betão, com uma despesa para os contribuintes de 50 mil milhões de euros, a que ele eufemisticamente chama de investimento. As áreas de intervenção passariam pela modernização da via férrea ignorando as obras já em curso há muito tempo, depois as obras portuárias, omitindo que a baixa produtividade dos portos tem outras causas e imagine-se obras em escolas, o que com a contínua diminuição da população escolar, não se entende que impacto pudesse ter. Tratou-se de uma ideia de café ao fim da tarde, que nem sequer proposta é, nada mais que isso.

Por sua vez M. Mendes falou na diminuição do peso do Estado, certamente privatizando mais, mas ao mesmo tempo critica o encerramento de unidades de saúde públicas sub-utilizadas ; enfim a busca cega de votos acaba fatalmente por deslizar para a contradição insanável.

Concluiu-se que a diferença de M. Mendes para Sócrates seria uma solução do tipo mais do mesmo, e mais rapidamente, mas assim ninguém consegue perceber onde reside a alternativa.

Entre o opção pelo betão a esmo, que obviamente não exporta, pois só tem impacto directo no mercado interno, - velha panaceia dos anos 80 - e a venda do património do Estado a retalho apressadamente, venha o diabo e escolha.

Curiosa ainda é a preocupação de M. Mendes com os lugares da administração ocupados pelo PS, sabendo-se que Isaltino Morais já o acusou de pressão intolerável para colocar amigos e apaniguados, quando o actual edil de Oeiras foi ministro ; muito fala Frei Tomás...