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terça-feira, junho 13, 2017

Eleições na Europa !

Em França na primeira volta das eleições legislativas Emmanuel Macron ganhou com 32,32 % . os Republicanos com 21,56% , a Frente Nacional teve 13,20%, a França Insubmissa com 13,74% e o Partido Socialista  com uns humilhantes 9,5%, finalmente a abstenção registou um recorde de 51,29%.
 
É verdadeiramente impressionante, que o movimento político de E. Macron - "En Marche" criado em 6 de Abril de 2016 em Amiens a partir do nada e depois transformado em partido "La Republique en Marche " a 8 de Maio de 2017, após a vitória para a chefia do Estado pelo seu fundador, tenha conseguido estes resultados eleitorais.
 
Isto é particularmente relevante quando se trata de um novo partido sem militantes - recorrendo tão só a voluntários -  e sem uma estrutura implantada no território, como acontece com todos os seus adversários.

A segunda volta  já vem a caminho e "La Republique en Marche" por certo irá ganhar com elevada probabilidade.

Os resultados da 2.ª volta das eleições legislativas consituem um tsunami político: E. Macron e o seu recém criado partido obtiveram uma vitória absoluta conquistando 350 lugares no parlamento françês dos cerca de 577 assentos da Assembleia Nacional; aos republicanos conservadores e gaulistas ñão restaram mais que uns poucos 136 deputados, seguindo-se os socialistas com uns insignificantes 45 lugares.

Se E. Macron falhar o sistema político françês implode, é que estes resultados demonstram que não existe alternativa à vista e as reformas protagonizadas pelo novo homem forte da política gaulesa não são propriamente pacíficas num país avesso a reformas.
 
A Quinta República Francesa esgotou-se e definitivamente implodiu, aguardemos o nascer da Sexta !


No Reino Unido a  sucessão de David Cameron por Theresa May no Partido Conservador tem sido desastrosa. Ela convocou eleições convencida, que os resultados poderiam trazer-lhe uma maioria  ainda mais alargada no parlamento, de forma a fortalecer a sua posição nas negociações do Brexit com a União Europeia. Porém o escrutínio ditou exatamente o contrário, o partido conservador perdeu a maioria absoluta que anteriormente dispunha e agora para governar T. May precisou de fazer uma aliança política com um partido radical e regional da Irlanda do Norte.
A chefe dos Tories para além de com a sua absoluta inépcia ter conseguido ressuscitar o Partido Trabalhista (Labour) de Jeremy Corbyn, - alguém com um estilo de vida próximo da cultura hippie da década de 60/70 -  foi para as negociações com a União Europeia numa posição extremamente fragilizada, o que não augura nada de bom para ambas as partes.
Acontece que Theresa May não é propriamente D. Cameron e muito menos Margareth Thatcher e toda a gente já entendeu isso e há muito tempo.