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segunda-feira, agosto 06, 2007

RTP - Descalabro Financeiro


A RTP tem um passivo próximo dos 890 milhões de euros, mas apesar disso não se coibe de atribuir generosos prémios de desempenho - que se forem idênticos aos do ano passado irão variar entre 750€ e 2000€ - aos seus funcionários! É curioso como a apresentadora do programa " Prós e Contras " Fátima C. Ferreira, aborda os diversos temas de debate sempre com um tom moralista, justicialista e de exigência em matéria financeira, mas curiosamente revela uma profunda amnésia quanto à situação da empresa pública de que é funcionária. A RTP através da taxa de audiovisual - cobrada muitas vezes abusivamente a todos os cidadãos, com situações caricatas como até as instalações eléctricas de rega agrícola* não estarem isentas do respectivo pagamento - tem um receita fixa avultadíssima que aliada aquela proveniente da publicidade, a transferências inexplicáveis do orçamento de estado, deveriam conduzir em qualquer parte do mundo a uma situação financeira equilibrada ou mesmo a um confortável superavit. Mas tal não acontece e pior ainda, chega até a degradar-se como agora foi revelado no relatório semestral da empresa, em que o lucro operacional diminuiu 34,3% relativamente ao mesmo período do ano passado e isto acontece apesar dos aumentos nas receitas do Audiovisual em 14,3% , na indeminização compensatória em 1,5% e de 14% em publicidade. O sorvedouro de recursos é imparável, com a agravante da péssima qualidade do serviço público prestado.

Então a direcção de informação é um desastre total, para além dos intermináveis telejornais transformados em saladas russas, como o de hoje das 20 horas em que até incluiu um mini-documentário acerca do salto em pára-quedas com pendura, - através do sistema de salto em tandem - acumula ainda o facto do vocabulário utilizado ser de uma pobreza e vulgaridade angustiantes. A obsessão pela imagem é insuportável, ou seja qualquer assunto referido tem obrigatoriamente que ser ilustrado por uns segundos de filme, senão pensam eles, o telespectador decididamente não compreende...
* Por enquanto os vegetais ainda não usufruem do serviço público de audiovisual.