A TROUXE-MOUXE

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segunda-feira, abril 30, 2012

Camané - "Sei de um Rio" [Fado]


Sei de um rio…
Sei de um rio
Em que as únicas estrelas
Nele, sempre debruçadas
São as luzes da cidade

Sei de um rio…
Sei de um rio
Rio onde a própria mentira
Tem o sabor da verdade
Sei de um rio

Meu amor, dá-me os teus lábios!
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede!
Mas o sonho continua…

E a minha boca (até quando?)
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
"- Sei de um rio…
Sei de um rio…"

Sei de um rio…
Ai!
Até quando?

 Nota: Para ver e ouvir clique aqui.

sábado, abril 28, 2012

Assim vai... a Europa !

No Reino Unido o tesoureiro Peter Cruddas do Partido Conservador foi objeto de uma gravação oculta em vídeo, perante dois interlocutores supostamente potenciais doadores de uma contribuição financeira, mas que na realidade mais não eram que dois jornalistas. O responsável pelas finanças dos "Tories" deu a entender, que perante um donativo muito elevado - valores à volta de 250 000£ - seria possível ter acesso direto ao primeiro mimistro David Cameron. E segundo Cruddas naquela sala tudo seria estritamente confidencial, podendo o autor do donativo perguntar tudo o que bem entendesse! Perante a denúncia do ocorrido com a divulgação do vídeo, o tesoureiro foi demitido e D. Cameron obrigado a minimizar os estragos com declarações de repúdio.

Em França a neutralização de um terrorista sanguinário levou mais de 30 horas. pondo em risco elementos das autoridades policiais e cidadãos indefesos. Mas o mais caricato foi o autêntico desleixo dos serviços de informações gauleses - DCRI (Direction Centrale du Renseignement Interieur), - que desvalorizaram os avisos do próprio pai do elemento terrorista, bem como dos serviços de informações dos Estados Unidos, quanto às suas viagens até ao Paquistão, mais propriamente centros de treino de radicais fundamentalistas. Os serviços franceses interrogaram-no, mas perante a simples negação do próprio foi deixado em liberdade total com os resultados conhecidos. Bem longe vão os tempos, em que em 1994 as forças de segurança francesas procederam à captura do conhecido assassino Llich Ramírez, mais conhecido por Carlos - El Chacal,

sexta-feira, abril 27, 2012

Missão à Guiné-Bissau



  • A decisão governamental de enviar até à Guiné Bissau uma força naval (uma fragata, uma corveta e um navio de reabastecimento) juntamente com um meio áereo de patrulha, aos quais se resolveu designar com pompa e circunstância de “força de reação rápida”, deixou a opinião pública na maior perplexidade. Inicialmente foi invocado como motivo para a constituição de tal força, a segurança dos portugueses ali residentes, mas quando se tornou evidente que estes não pretendiam sair, nem tão pouco ser resgatados, a razão passou rapidamente a ser outra: a pacificação e estabilização política com regresso à normalidade constitucional. Certamente devido a um azar digno dos Távoras, mais uma vez a explicação voltou a falhar, é que a Guiné Bissau não está propriamente em guerra civil e a ocorrência de golpes militares com violação da legalidade constitucional, tem sido recorrente desde a independência daquele território. Ou seja foi constituída uma força militar para uma missão no estrangeiro, sem objetivo nem duração definidos, o que é revelador de uma condução política nas áreas da defesa e da política externa, de uma mediocridade sem precedentes no continente europeu. Seria anedótico se não fosse trágico, que no nosso país onde os cidadãos são confrontados diariamente com as carências mais básicas à sua existência, onde a insegurança campeia em muitas regiões e as forças armadas são compelidas por falta de recursos, à paralização dos seus meios operacionais, o executivo se permita devido a um impulso de saudosismo imperial, ou seguidismo relativamente a Luanda, esbanjar recursos numa iniciativa contraproducente. A operação em causa causou um incómodo evidente aos portugueses ali emigrados, originou uma reação hostil por parte dos revoltosos e uma clara diminuição de capacidade de negociação e diálogo à nossa diplomacia, em futuras conversações. E sendo assim, já nem uma hipotética resolução do Conselho de Segurança da ONU à posteriori, consegue justificar uma missão militar sem qualquer sentido.

    • Nota: Foi divulgado que a operação militar "Manatim" perfeitamente inútil e contraproducente custou aos contribuintes 5,7 milhões de euros! Este ministro não tem capacidade para tutelar a pasta da defesa e imagine-se agora o que seria se ele porventura tivesse ganho a liderança do PSD...