A TROUXE-MOUXE

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Localização: Portugal

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

West End Girls, [1984 ( or 2011?)]

Sometimes you're better of dead
There's gun in your hand and it's pointing at your head
You think you're mad, too unstable
Kicking in chairs and knocking down tables
In a restaurant in a West End town
Call the police, there's a madman around
Running down underground to a dive bar
In a West End town

In a West End town, a dead end world
The East End boys and West End girls
In a West End town, a dead end world
The East End boys and West End girls

Too many shadows, whispering voices
Faces on posters, too many choices
If, when, why, what?
How much have you got?
Have you got it, do you get it, if so, how often?
And wich do you choose, a hard or soft option?
(How much do you need?)

In a West End town, a dead end world
The East End boys and West End girls
In a West End town, a dead end world
The East End boys and West End girls

You've got a heart of glass or a heart of stone
Just you wait 'till I get you home
We've got no future, we've got no past
Here today, built to last
In every city, in every nation
From Lake Geneva to the Finland station
(How far have you been?)

In a West End town, a dead end world
The East End boys and West End girls
A West End town, a dead end world
East End boys, West End girls


By Neil Tennant and Chris Lowe

A Crise Líbia

O levantamento praticamente generalizado da população líbia contra o regime de Kadafi, levou a que este em total desespero de causa, tenha efectuado massacres indiscriminados contra a população civil, utilizando mercenários ou mesmo as forças armadas sob coacção.

Na foto um dos dois Mirage F.1ED líbios, cujos pilotos (coroneis da força aérea) desertaram para ilha de Malta.

Pode verificar-se o bom estado do aparelho, que parece indiciar uma manutenção regular e aceitável deste equipamento. Sob as asas estes aparelhos dispunham de dois pods de armamento lança-rockets Matra, dispondo de 18 rockets SNEB de 68 mm cada, com os quais seriam realizados os ataques contra os manifestantes.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Dominó Árabe

Não adianta repetir até à saturação os argumentos e lugares comuns já mais que propalados por toda a imprensa, através dos habituais comentadores de sofá, relativamente à revolta social no mundo árabe, pelo chamado efeito dominó.
Existe um factor comum a todos estes países: sofrem de uma verdadeira explosão demográfica ! As famílias não aceitam qualquer método contraceptivo, o seu lema continua a ser uma família numerosa, e por outro lado as raparigas não têm acesso a uma educação aceitável, o que lhes limita o acesso à informação. O número de jovens com menos de 15 anos em muitos destes países excede os 40% da população. Este avalanche demográfica, já está a causar défices elevados na oferta de habitação, saúde, educação e emprego, entre outros. Uma parte muito significativa dos desempregados desagua na chamada economia informal, ou paralela, que escapa por completo a qualquer regulamentação.
A presente revolução certamente vai servir de válvula reguladora da agitação social por algum tempo, mas não muito. É que os problemas das sociedades afectadas pelo movimento são estruturais, e as medidas a levar a cabo necessitam de várias décadas para surtir efeito. Seguir-se-á inevitavelmente a frustração de milhões, que por agora acreditam num milagre que transforme rapidamente as suas vidas. Enquanto isso assistiremos uma pressão cada vez maior por parte de largos milhares de candidatos a emigrantes, em direcção ao sul da Europa.
Decididamente vem aí mau tempo no canal....

In Extremis.

Na passada quarta-feira dia 17 - enquanto no Parlamento se discutiam trivialidades - a emissão de dívida pública por pouco não descambou em desastre, a salvação "do bombeiro de serviço" na altura chegou in extremis, através da intervenção uma vez mais do Banco Central Europeu, ao qual não restou outra alternativa, que não fosse adquirir massivamente esses títulos.

O que se passou foi de tal modo grave, que obrigou o Presidente da República a reunir-se com banqueiros e outras personalidades, para analisar a situação.
Não se pode aceitar continuar a brincar com as vidas de mais de 10 milhões de portugueses.
Os alertas não param de se fazer ouvir, desde o ministro das finanças alemão, ao presidente do B.C.E e também até mesmo o presidente da Comissão Europeia.
Quem te avisa...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

A Ruptura Social Aproxima-se...

Com a taxa de desemprego nos 11,1% e os apoios sociais a diminuir, o país pode a breve trecho deparar-se com o fim da paz social nos grandes centros urbanos, cujas consequências serão imprevísiveis.
O governo está bloqueado sem a mais pequena capacidade de reacção, à excepção de estar sempre disposto a aumentar taxas e impostos.

sábado, fevereiro 12, 2011

"Os Amigos de Alex" [The Big Chill]

Este conjunto de 27 dirigentes europeus decididamente não consegue elaborar um projecto europeu digno desse nome. Os povos da Europa assistem quase resignados ao declínio económico e social do nosso continente, aliados ao chamado inverno demográfico que se traduz na baixíssima taxa de natalidade, que ocorre nos países membros da União Europeia. Apesar disto, o que é facto, é que os jovens europeus não conseguem encontrar trabalho, que lhes possibilite viver com dignidade e esperança no futuro, como aconteceu com os seus pais.

Enquanto isto o Conselho, a Comissão, e o Parlamento da União Europeia dedicam a maior parte do seu tempo em retórica estéril e sobretudo a regulamentar minudências. A crise da Europa reside fundamentalmente na qualidade medíocre das suas elites.
Tal como no célebre filme de Lawrence Kasdan, muitos dos actuais protagonistas europeus mais parecem reunir-se, desta vez para assistirem às exéquias do projecto político do velho continente, e têm em comum com os personagens daquela película, o facto de obstinadamente também se recusarem a crescer.

Susannah York (1939-2011)

Faleceu Susannah York uma das mais talentosas actrizes do cinema britânico. Esta inglesa nascida em Londres (Chelsea) marcou a sétima arte, não só pela sua beleza transbordante, como por uma presença inigualável frente às câmaras. O seu olhar cativante e fortemente expressivo valia mil palavras. No nosso país à parte de alguns filmes seus terem passado nos cinemas de Lisboa e Porto, ficou sobretudo conhecida por algumas séries que passaram na televisão. Por incrível que pareça a televisão estatal raramente passa cinema europeu e continua a preferir os enlatados de série B, do outro lado do Atlântico norte. Thank you very much Susannah ! Rest in peace!

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

E.U.A vs China: Um Conflito Inevitável.

Mitsubishi Zero, 1942 (Japão)







A situação da China de hoje apresenta muitas semelhanças com a do Japão dos anos 20 a 30 do século passado. Este último adquiriu um crescimento económico assinalável desde o final do século XIX, acompanhado por uma modernização muito rápida, ao conseguir incorporar muitas das tecnologias mais inovadoras do Ocidente. Assim em pouco tempo deixou de ser uma potência regional, para assumir um estatuto mundial, tendo-o levado à anexação da Coreia, a antagonismos bélicos com a Rússia e ainda uma intervenção na então fragmentada China, sempre em busca de matérias primas e de novas áreas de expansão.

Passando para a época actual, importa referir, que o gigante asiático e mundial em 2010 obteve um crescimento do seu produto em cerca de 10,3% , caracterizando-se por uma política comercial agressiva, aliada a condicionamentos de toda a ordem sobre os seus parceiros económicos, como é o caso das contra partidas, que impõe para as suas exportações nos mercados dos países (ver casos da Grécia e de Portugal) onde compra dívida pública soberana. O desequilíbrio comercial e económico que tais práticas já desencadeiam - com um agravamento intolerável previsível a breve trecho - irá inevitavelmente obrigar à adopção de políticas proteccionistas por parte dos Estados Unidos conjuntamente com a União Europeia, e de imediato tal dará lugar a uma forte reacção de Pequim, que em última análise poderá transformar-se em Casus Belli.

Na esfera militar a necessidade de projectar poder para proteger e ampliar os seus interesses, terá como consequência um aumento muito significativo do poder naval chinês. A modernização do seu dispositivo naval sofreu um forte impulso a partir de 1990, ao adquirir capacidades em novos domínios, como misseis balísticos anti-navio, submarinos mais sofisticados e modernos navios de superfície. Um dos objectivos consiste em obter a curto/médio prazo capacidade aeronaval autónoma e para tal a China adquiriu o porta-aviões inacabado ucraniano Varyag*, que vai servir de plataforma de testes, com o objectivo de possuir uma unidade naval deste tipo no futuro, mas de construção própria.

Este navio - agora denominado de Shi Lang - encontra-se no porto de Dalian em fase final de acabamentos, tendo já sido instalado o radar, sensores e armamento defensivo. Diversas fontes apontam para o ano 2012, como o arranque para os ensaios aeronavais, devendo a marinha chinesa obter o caça naval russo Sukhoi Su-33 ou em alternativa a versão chinesa deste, o caça Shenyang J-15, como vector aéreo baseado em tal navio. Esta situação é equivalente ao final dos anos 20 do século XX, quando o Japão iniciou os primeiros ensaios em navios transformados em porta aviões. Actualmente a China tem como propósito bélico a médio prazo a anexação de Taiwan (tal como o Japão actuou em relação à Coreia no século passado) e para tal torna-se obrigatório impedir uma intervenção dos Estados Unidos, em defesa daquela ilha rebelde.

Caça chinês Shenyang J-8

No dia de 01 de Abril de 2001 quando um quadrimotor americano EP-3E de observação e recolha de dados electrónicos voava no mar do sul da China a 110 Km da ilha chinesa de Hainan, foi interceptado por dois caças (também chineses) J-8. Um destes aparelhos efectuou duas passagens muito próximas e à terceira acabou por colidir ao de leve com o avião americano, provocando-lhe danos graves. O aparelho chinês despenhou-se de imediato com a morte do seu piloto; por sua vez a tripulação norte-americana conseguiu em condições muito críticas aterrar o seu aparelho naquela ilha e ainda lhe foi possível destruir equipamento sensível portador de informação secreta. Este incidente é bem revelador de um potencial de conflito latente, que deverá atingir maior gravidade dentro de uma ou duas décadas, quando a China se sentir equiparada ao seu maior rival. Até lá assistiremos certamente a uma escalada gradativa de incidentes entre os dois colossos do planeta, cujos interesses são de tal maneira antagónicos, que a sua conciliação é uma tarefa praticamente inatingível.




Antevisão do porta aviões chinês "Shin-Lang"
(clique para ampliar)




* Foi concebido e iniciada a sua construção ainda na época soviética, tendo recebido primitivamente a designação de "Riga" , e estava classificado como um porta aviões da classe Almirante Kuznetsov. Lançado à água em 4 de Dezembro de 1988 e renomeado de "Varyag" no final de 1990. Com o desmembramento da União Soviética, a sua construção foi suspensa em 1992, tendo a sua posse sido transferida para a Ucrânia. O governo deste país em Abril de 1998 acabou por vender o navio por cerca de 20 milhões de dólares a uma companhia de Hong Kong, que anunciou como finalidade da sua aquisição, servir de hotel flutuante e de casino. Mais tarde veio a revelar-se que essa empresa afinal, não era mais que um testa de ferro do governo chinês, e serviu para dissimular o verdadeiro propósito desta compra.

A Derrota do Maio de 68


A derrota nas eleições presidenciais da candidatura protagonizada por Manuel Alegre representa não o fim das utopias, mas muito em particular com aquela conotada geracionalmente pelos protagonistas do Maio de 1968 em França. Estes caracterizam-se pela retórica dos princípios, sem sombra de sustentabilidade com a realidade vivida na época actual.

O caso mais gritante - entre outros - foi a sua repetida defesa do "Estado Social" , porém ferida de um pecado capital: esse candidato não foi sequer capaz de esboçar, nem uma tímida solução para o seu financiamento, que pudesse garantir a sua continuidade. E o mais trágico é que os eleitores deparam-se todos os dias, com um governo que até o apoiou, a tomar medidas cujas consequências significam o esvaziamento mais absoluto, dos paupérrimos apoios sociais de um passado recente.