A TROUXE-MOUXE

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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

A Questão Papal !

A interrupção do Pontificado de Bento XVI por manifesta vontade própria é reveladora da tarefa gigantesca, que irá ter de enfrentar o seu sucessor. Não se trata unicamente de um homem fragilizado pela idade avançada e pela doença, sem condições para manter a velocidade de cruzeiro na gestão corrente do universo católico a nível mundial. Hoje em dia os sinais de desalinhamento da Igreja de Roma, com o mundo atual e de comportamento censurável (e indigno)  por alguns membros do clero, são por demais evidentes. A Igreja Católica necessita urgentemente de reformas, que lhe permitam levar a palavra e a mensagem de Deus ao homem do século XXI.

Está na hora (aliás até já é tarde) que o futuro Papa venha de fora da Europa e traga um novo dinamismo à Igreja Católica Apostólica Romana.

No panorama mundial a maior nação católica do mundo, ou seja o Brasil, reúne todas as condições para que um dos seus cinco cardeais presentes no futuro Conclave venha a ocupar o cargo pontifício. Fala-se no arcebispo de S. Paulo, D. Odilo Pedro Scherer (63 anos) e no cardeal D. João Braz de Aviz (66 anos), prefeito das congregações dos religiosos em Roma, como aqueles com perfil mais adequado para suceder a Bento XVI.

sábado, fevereiro 16, 2013

Cortes no Orçamento Europeu

O próximo Quadro Financeiro Plurianual (2014-2020) da União Europeia vai sofrer pela primeira vez uma redução nos seus montantes, quer em matéria de limites máximos para investimento, quer para despesa efetiva.

Assim para limite máximo de provisões para investimento o valor apontado é de 960 mil milhões de euros* e para despesa efetiva, o montante acordado é de 908 mil milhões de euros**.

Porém o processo não está finalizado; falta agora a aprovação sempre imprevisível do Parlamento Europeu.

A ver vamos...

Nota:
[*    No período de 2007-2013 foi de 978 mil milhões de euros.]
[**  No período de 2007-2013 cifrou-se em 926 mil milhões de euros.]

domingo, fevereiro 03, 2013

Mensalão Espanhol.

O jornal diário espanhol "El País" divulgou a existência de uma vasta rede de subornos, efetuados a diversos políticos do Partido Popular, incluindo o atual primeiro ministro Mariano Rajoy. O esquema não financiava diretamente esse partido, mas antes preferia presentear os seus políticos de topo, com generosos depósitos em dinheiro nas suas contas. O fundo que alimentava os pagamentos provinha de contribuições feitas por empresários da construção e da indústria. Este esquema oculto foi revelado através da contabilidade do tesoureiro do próprio partido.

A Espanha apesar de ter de enfrentar uma grave crise económica (tal como a nossa), enfrenta ainda uma ameaça separatista da Catalunha. Agora esta acusação a confirmar-se poderá ter nefastas consequências na estabilidade política e económica do país e por arrastamento em toda a Península Ibérica.

Hoje em dia nas democracias modernas, a transparência quanto ao financiamento dos partidos políticos da área do poder é uma questão fundamental. É uma fronteira muito ténue, onde o vírus da corrupção pode entrar com extrema facilidade, pelo que deve ser alvo de constante escrutínio por parte da opinião pública.

Por cá o tema continua sendo tabu e quanto a investigações nesta área temos o vazio absoluto, por isso mesmo ninguém por cá pode afirmar, que "mensalões" é coisa que não existe. Aliás até seria até uma anormalidade estatística, essa situação de comportamento impoluto.

Recordo ainda a título de exemplo, o caso recente ocorrido no Reino Unido, onde um tesoureiro do Partido Conservador proporcionava encontros com o líder do partido e primeiro ministro David Cameron, mediante um prévio financiamento generoso (250 mil libras) dessa organização política. A denúncia deste caso foi feita pela imprensa britânica e o tesoureiro foi de imediato demitido das suas funções, bem como obrigou o chefe do governo a emitir um comunicado de repúdio por essa prática.