A TROUXE-MOUXE

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domingo, janeiro 23, 2011

SIMPLEX ou INCOMPETEX ?

Hoje dia de eleições dirigi-me à minha habitual secção de voto munido do cartão de cidadão e do cartão de eleitor. Qual não foi o meu espanto, quando na mesa de voto correspondente ao meu número de eleitor fui informado, que já não era esse. Acontece que ao contrário do que tem sido propalado, no meu caso não mudei de freguesia, tão somente obtive o cartão do cidadão pelo simples facto, do bilhete de identidade ter caducado.
Numa outra secção de voto assisti a pessoas de idade avançada, andarem perdidas de secção em secção, ou em longas filas ao ar livre sob frio intenso. Afinal para que serve a Comissão Nacional de Eleições? A desorganização verificada é reveladora de um Estado decadente e terceiro mundista. Dezenas de milhões de euros depois de implementado o Cartão do Cidadão, o tal documento milagroso que facilitaria a vida em tudo e a todos, o resultado está á vista.
Este governo nem para organizar eleições parece servir !

terça-feira, janeiro 18, 2011

Eleições Sui Generis

A próxima eleição do presidente da república portuguesa assume contornos invulgares nestes 36 anos de democracia, Com o país e o Estado "ligados á máquina", e um executivo desacreditado, o papel do chefe de estado deverá ser bem distinto daquele que foi até agora, é que para cortar fitas já não serve, pois os recursos para as costumeiras e mediáticas inaugurações acabaram. A sua acção interventiva na promolgação dos diplomas governamentais vai ser decisiva, pela simples razão de Portugal ter perdido a liberdade de decisão para cometer mais erros que comprometam de vez o seu futuro.

sábado, janeiro 15, 2011

Dias de Névoa

Tenho em mim como uma bruma.
Que nada é nem contém.
A saudade de coisa alguma.
O desejo de qualquer bem.


Sou envolvido por ela.
Como por um nevoeiro.
E vejo luzir a última estrela.
Por cima da ponta do meu cinzeiro.
Fumei a vida.
Que incerto.
Tudo quanto vi ou li.
E todo o mundo é um grande livro aberto.
Que em ignorada língua me sorri.

[BRUMA] - Fernando Pessoa, 16-07-1934

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Um Balão de Oxigénio (1250 Milhões de €uros).


Querem fazer-nos convencer, que a emissão de obrigações de tesouro a 10 (médio prazo) e a 4 anos (curto prazo) foi um "sucesso". Os juros ds primeira atingiram o valor de 6,72% (há 1 ano o Estado pagava 4,8%) e na segunda o valor fixou-se nos 5,4% (há 1 ano eram 4%).

A China comprou-nos dívida pública com clausulas secretas, entre estas consta a taxa de juro negociada, o que é absolutamente extraordinário ! E será que haverá ainda outras, como direitos especiais nas exportações chinesas para o nosso país? Ou com regalias leoninas para os comerciantes chineses, tais como isenções de impostos, que na prática concorrem e aniquilam o nosso comércio tradicional? E o Parlamento não reage? Como já se tornou hábito prefere antes discutir o sexo dos anjos !

O país precisa de se financiar no presente ano em cerca de 46 mil milhões de euros*, pelo que atirar foguetes antes da festa para além de um acto pouco abonatório para quem o pratica, revela no caso presente uma manifestação de desespero pouco inteligente.

Valor de juros da dívida pública a pagar previstos no O.E. - 6 mil milhões de euros. Este valor já é superior ao orçamento do ministério da educação e inferior ao investimento do Estado (4 mil milhões de euros)!

Dívida pública actual - 151 mil milhões de euros !

É óbvio que existiu uma estratégia concertada entre várias entidades - U.E, China, Japão, B.C.E. - o que é positivo, porém transformar isto numa vitória é de uma insensatez absoluta.

O reputado professor de economia e colunista do The New York Times Paul Krugman no seu blog designa o leilão por "Leilão Pírrico de Títulos" e ironiza que com mais "sucessos" destes, a periferia da europa será destruída financeiramente.


*Destes estão previstos no O.E. cerca de 1500 milhoes obtidos em certificados de aforro e bilhetes de tesouro.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Sempre em ...Défice !

O Estado que temos:

36 anos de democracia = 36 anos de défices contínuos*.

Culpa da democracia?

Nada disso! A responsabilidade cabe por inteiro a alguns responsáveis políticos que assaltaram o poder em benefício próprio. Muita gente por muito menos já ficou privada de liberdade ...

*Nota - Nem sequer existiu um único ano em que ao menos se atingisse o break even (receitas = despesas).

terça-feira, janeiro 11, 2011

"Obviamente demito-o!"


"Isso é muito claro: se o FMI entrar, o Governo falhou! " [Presidente da República portuguesa]

-É de Monsieur de La Palisse mas parece haver quem queira negar a evidência...