Decididamente a barbárie instalou-se em pleno na Síria e os contendores parecem estar numa disputa sem tréguas para a obtenção do troféu da bestialidade humana.
Naquele lugar do mundo, os "direitos humanos" é tema que toda a gente ignora e desdenha. Na Europa, a opinião pública dos diversos países nega em absoluto qualquer tipo de intervenção militar na Síria. O parlamento britânico votou contra qualquer pretensão do governo de David Cameron, em participar num ataque militar contra a Síria. As intervenções militares no Iraque e no Afeganistão, por parte de diversos países europeus deixaram um rasto de reprovação inequívoca nas respetivas sociedades. Só o governo françês parece interessado, em participar numa ação de represálias contra o regime de Bachar al-Assad, apesar dos efeitos pesados, que a crise económica impõe sobre a nação francesa.
Será que a proposta russa, de neutralização dos arsenais de armas químicas do regime sírio terá consequências no imediato? A ver vamos e muito em breve...
Nota. As movimentações da Rússia no plano diplomático não são propriamente desprovidas de interesse próprio; é que a Rússia dispõe de uma base naval na porto sírio de Tartus, que foi recentemente evacuada devido ao receio de previsíveis ataques dos rebeldes contra o seu pessoal ali presente, mas o interesse na sua utilização permanece. Agora a esquadra russa no Mediterrãneo utiliza como apoio logístico, o porto de Limassol, em Chipre.