A TROUXE-MOUXE

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Localização: Portugal

segunda-feira, novembro 11, 2013

Armistício da 1.ª Guerra Mundial foi há ...95 Anos !

Último beijo antes do embarque no cais em Lisboa no outono de 1917. Os militares portugueses do C.E.P. (Corpo Expedicionário Português) nessa altura não imaginavam nem ao de leve, o inferno que os esperava nos campos franceses da Flandres, mais propriamente nos lamaçais das trincheiras.

Refeição nas trincheiras.

Observando a trincheira inimiga através de um periscópio.


Dois prisioneiros alemães sob escolta de militares do C.E.P.

Reparação de fios telefónicos nas trincheiras.

Tenente Pereira Gomes junto ao seu aparelho Salmson 2A2.

Um grupo de bonitas e elegantes Damas Enfermeiras Auxiliares da Cruz Vermelha Portuguesa em Ambleteuse.

Cemitério Militar Português em França, na localidade de Richebourg.


EFETIVOS MILITARES PORTUGUESES NA 1.ª GUERRA MUNDIAL/BAIXAS

Teatro de Operações

[França]:  57000 homens; 2287 mortos; 12508 feridos ou incapacitados.

[Angola +  Moçambique] : 32000 homens provenientes da metrópole portuguesa;

Angola: 810 mortos; 683 feridos ou incapacitados; Moçambique: 4811 mortos e 1593 feridos ou incapacitados

TOTAIS: Forças Empregues - 89 000 homens ; Mortos - 7908; Feridos ou Incapacitados: 14784



- A entrada de Portugal na 1.ª Guerra Mundial no teatro europeu teve a oposição quase generalizada da sociedade portuguesa, que jamais aceitou os argumentos intervencionistas da ala mais radical do Parido Democrático, cuja influência foi determinamte e quase homogénica nos governos da 1ª República. Basicamente esses argumentos prendiam-se com a absoluta necessidade de fortalecimeno do regime republicano - recém implantado e fruto de uma revolução - através de uma participação no conflito, que iria supostamente mobilizar o país em torno do governo dos "democráticos" (Partido Democrático) e de igual modo isolar a oposição interna republicana. E sobretudo afastar de vez, a sombra sempre presente da tomada do poder pelos partidários da monarquia (com apoio indisfarçado da Espanha), cuja número e influência à época, não eram de todo irrelevantes. 

Já quanto aos territórios africanos de Angola e Moçambique a aceitação interna da população quanto ao envio de tropas foi muito significativa, pois ambos encontravam-se na mira da cobiça alemã; tendo a maioria das baixas nestes territórios ficado a dever-se a doenças e não propriamente aos combates com os destacamentos teutónicos ali presentes. 

Os sacrifícios impostos pela guerra não atingiram unicamente os combatentes lusitanos nas frentes de combate - Flandres, Angola e Moçambique - mas até a Madeira e os Açores sofreram bombardeamentos efetuados por submarinos alemães; porém não menos negligenciáveis para a economia do país, foram os enormes custos económicos e sociais, que tal intervenção causou na sociedade portuguesa. Assim o montante total das despesas excecionais devidas à  guerra foi de 371 800 00§00 escudos liquidadas nos anos económicos de 1919-1920 e sobretudo a dívida ao Reino Unido (devida a uma linha de crtédito destinada à aquisição de armamento e apoio logístico) no valor de 15,6 milhões de libras no fianl do conflito, que em 1925 com juros sem amortizações atingia os 22,68 milhões de libras!

E para cúmulo na Conferência de Paz de Versailles em 1919 - inicialmente a delegação portuguesa foi chefiada por Egas Moniz e mais tarde por Afonso Costa - os mesmos políticos que tinham empurrado o país para a guerra, revelaram-se completamente incompetentes na obtenção de reparações e indemnizações dignas desse nome para o Estado português. Os montantes obtidos  da Alemanha em dinheiro e equipamento foram absolutamente irrisórios, perante a magnitude dos prejuízos causados em vidas humanas e na economia com fortes restrições no comércio internacional, dada a situação de nação beligerante. 

Nota: Curiosamente tomei conhecimento há pouco tempo, que o Brasil nessa mesma conferência teve uma atuação brilhante ao conseguir uma reparação justa, inerente aos prejuízos causados pelo afundamento dos seus cargueiros - dedicados ao transporte de café -, por submarinos alemães. Chefiava a delegação brasileira o político e advogado Epitácio Pessoa, que mais tarde viria a tornar-se Presidente da República. Convirá referir que o Brasil declarou guerra aos Impérios Centrais (Alemão e Austro-Húngaro) em 26 de Outubro de 1917. 

sábado, novembro 02, 2013

Dia dos Fiéis Defuntos.

Do pó - poeira cósmica - viemos e para esse mesmo pó voltaremos!
A vida é tão frágil e tão efémera, que sempre acabamos por nos interrogar sobre a verdadeira razão da nossa (tão breve)  existência....

Nesta data inevitavelmente o nosso pensamento concentra-se naqueles que já partiram, em particular nos familiares e amigos mais chegados. É altura de evocarmos as suas memórias e as recordações mais gratas que nos deixaram, numa mensagem de agradecimento dirigido às suas almas, espíritos, ou outras formas de energia a eles associadas.

E de igual modo para os nossos familiares, que não chegámos sequer a conhecer, mas cuja existência implicou necessáriamente a nossa...

No meu caso, o pensamento vai dirigido ao meu pai, avós maternos e paternos e pessoas amigas  cuja convivência teve um significado especial.

sexta-feira, novembro 01, 2013

Bruxas, Bruxarias, mais outras Tropelias...e o Dia Delas!


De Espanha veio a expressão : "No creo en brujas, pero que las hay, las hay " que já se transformou num mote universal. E muito a propósito nesta data,  ouçamos da já desaparecida e fantástica "Banda do Casaco", o tema "Liliana Nibelunga" (A Bruxa Boa) :

Politicamente Falando ...da Ocidental Praia Lusitana.

Os resultados das recentes eleições autárquicas eram mais prevísiveis que o anticiclone dos Açores; assim num universo de 308 câmaras municipais, o maior partido da oposição - Partido Socialista - conquistou 150 autarquias, o principal partido do governo - Partido Social Democrata - ficou-se pelas 86 em lista própria e 16 em coligação, o Partido Comunista cerca de 34 e o partido parceiro da coligação governamental - C.D.S/Partido Popular - conseguiu 5 municípios.

A grande novidade nestas eleições foram os resultados obtidos por candidatos independentes, que conseguiram merecer a confiança da maioria dos eleitores em 13 câmaras municipais. Dentre estas haverá a salientar a vitória do candidato independente Rui Moreira na cidade do Porto (segunda maior urbe do país), remetendo o candidato do maior partido do governo, para um humilhante 3.º lugar. As votações em número significativo nos candidatos independentes compreendem-se à luz do descontentamento generalizado da população nos partidos tradicionais, cuja incapacidade em encontrar soluções para  a crise economica vigente tem sido cada vez mais evidente.

Mas foi absolutamente indisfarçãvel a forma quase clandestina, como os 2 partidos da coligação governamental - CDS e PSD - levaram a cabo as ações de campanha eleitoral. Apavorados pelas reações populares de descontentamento promoviam comícios à porta fechada com refeições à mistura, numa tentativa patética de atrair apaniguados, que só aumentou o seu isolamento.

Quanto aos protestos e manifestações de rua, cada vez mais o número dos seus participantes é menor; as pessoas já perceberam que a vozearia e os cartazes nem deitam o governo abaixo, nem melhoram o seu dia a dia. Acredito que poderá vir a surgir outra forma mais eficaz de protesto dentro em breve...a ver vamos!