Quando o Caos Vem de Cima !
No passado, a anarquia, a
desordem e o caos associados eram invariavelmente provenientes dos mais
desfavorecidos social e economicamente, porém atualmente é exatamente no topo
das estruturas públicas - e não só - a origem mais que evidente da contínua desorganização,
que varre transversalmente e quase por completo a órbita do setor estatal.
Os exemplos abundam, desde a
sistemática decapitação do comando da estrutura de proteção civil paralisando-a
na prática por completo, passando pela saúde pública, onde hoje só uma figura
mediática pode ter a garantia de atendimento adequado e em tempo aceitável.
A opção governamental de privilegiar
a contratação de funcionários públicos, em detrimento de atualizações salariais
dos existentes, traduzir-se-á por gente a mais no Estado com salários
degradados e inevitavelmente baixa produtividade, o oposto da qualidade nos
serviços, das boas práticas europeias e até de alguma retórica oficial.
Na administração, a informatização
conjugada com uma reestruturação racional, permitiria levar a uma redução de
pessoal comparativamente com o passado recente, implicando maior qualificação,
mas a tutela nega o mais que óbvio.
O planeamento de recursos humanos
através de indicadores de gestão e um quadro de dirigentes escolhidos por
mérito através de concurso são duas condições incontornáveis a observar; a
primeira está completamente ausente decorrente de inobservância da segunda, quando temos em quantidade apreciável, chefias nomeadas por
afinidade partidária, seguidismo, ou pior, sem formação adequada à função, limitando-se
desta forma ao papel de meros capatazes de ocasião.
O resultado é um monumental
desperdício de recursos - ineficiências de toda a ordem – com decisões tomadas
por critérios de “palpitismo”, ou outros sem um átomo de racionalidade.
Como sói dizer-se nas academias
militares: não há maus soldados, mas tão só maus oficiais!
Post Scriptum : Há poucos dias o Observatório Português dos Sistemas de Saúde revelou que o país desconhece os profissionais de saúde que estão efetivamenter a trabalhar, o que invalida qualquer política de proridades de recursos humanos, trata-se de uma situação absolutamente inadmíssivel.
Post Scriptum : Há poucos dias o Observatório Português dos Sistemas de Saúde revelou que o país desconhece os profissionais de saúde que estão efetivamenter a trabalhar, o que invalida qualquer política de proridades de recursos humanos, trata-se de uma situação absolutamente inadmíssivel.