A TROUXE-MOUXE

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quinta-feira, julho 17, 2008

Delinquência Subsídiada

Como é possível, que cerca de 90% da população activa residente numa localidade nos arredores da capital, beneficie do Rendimento Social de Inserção (RSI) ? Muitos nem os miseráveis 4,26 € pagam, desde que foram realojados em 1997 ! Isto perante a total passividade da Câmara, que ignora o problema, com responsabilidade dos diversos executivos, que por lá passaram desde então.
Ou seja muitos dos residentes não pagam as rendas simbólicas, - jamais actualizadas por casas novas - , também não pagam IRS, auferem indevidamente subsídios. Quanto a fiscalização ? Nem vê-la!
Há indícios, reportados na imprensa que alguns residentes, têm ligações ao tráfico de drogas, possuindo ilegalmente armas, como os vídeos feitos na altura o demonstram.
Tudo isto, quando se sabe, que os idosos são submetidos a autênticas investigações à lupa, para auferirem de míseras pensões.
Alguém sabe onde fica, o tal "Estado de Direito" ?

Tsunami na Justiça

O actual Bastonário da Ordem dos Advogados, deixou os interesses instalados na Justiça, em verdadeiro estado de choque. Habituados aos salamaleques habituais, à total indigência, perante o desespero dos cidadãos, que pagam um sistema obsoleto e ineficaz, não suportam a mais leve sombra de crítica. As corporações da justiça, costumavam entender-se num pacto de colaboração total, por forma a manter a medíocridade vigente, porém agora um dos elos partiu, eis o pânico instalado. Como é possível, que a administração da justiça no sector público funcione tão mal, e pague tão principescamente bem ? No sector privado isto seria impensável.

A entrevista de Marinho e Pinto no programa "Grande Entrevista" revelou o total desastre que é hoje a Direcção de Informação da RTP. A jornalista do programa, interrompia amiúde o entrevistado, coaretando-lhe o raciocínio (já se tornou num hábito seu, sem que alguém a repreenda), não realizou o trabalho prévio, que era suposto ter feito, resultando no recurso a perguntas mal elaboradas, sem fundamentação adequada, e chavões de mesa de café.
"Vc já foi a algum tribunal ?" perguntou Marinho e Pinto, perante as perguntas sem nexo da jormalista. Resposta de J. de Sousa "Graças a Deus não". Ao menos para perceber como funciona, sempre conviria ter-se dado ao trabalho de o fazer, pelo menos uma única vez.
Só uma Direcção de Informação em roda livre, permite tal performance profissional. E porque não, um curso de verão na BBC?

Curiosa foi a crítica de um jornalista do "Público", que se referiu ao "tom das intervenções de Marinho Pinto"; confrontados com a veracidade das suas declarações, resta-lhes atacar o tom, à falta de melhor...

sexta-feira, julho 04, 2008

T.A.P. Air Portugal, em Perda Total !

"A situação da TAP é dramática" , afirmou o responsável pela TAP - Air Portugal, uma empresa com cerca de 6000 funcionários, 60 aparelhos, e um passivo acumulado de mais de 1 200 milhões de €s. Tem uma dos piores indicadores a nível mundial, no que diz respeito ao número de funcionários por avião. Não admira, uma vez que tratando-se da empresa que melhor paga em Portugal, e situando-se na esfera do Estado, sempre foi alvo do proteccionismo, bem como do favor político, traduzido nas influências para o emprego de diversas clientelas.
Mas o pior de tudo é que o accionista Estado, hoje não pode injectar capital na empresa, a isso o impede a Comissão Europeia, pois seria distorcer a concorrência no mercado europeu.

A sua privatização aguarda certamente pelo dia do juízo final, tendo sido já mil vezes prometida e mil vezes adiada; mas os fortes interesses corporativos, suportados por convenientes apoios políticos, com ligações a alguns sindicatos, que servem de suporte a confederações sindicais, têm conseguido opor-se a uma tal solução. Veja-se o caso da Ibéria, que foi privatizada em 2001, e hoje é uma companhia próspera no mercado mundial. Por cá continua a prevalecer o interesse das corporações, ou dos grupos, sobre o colectivo dos cidadãos, estando o Estado muitas vezes refém daqueles que continuamente o chantageiam.


quarta-feira, julho 02, 2008

115 Deputados em Part-Time...

Como é possível que num órgão de soberania eleito por sufrágio directo e universal, metade dos seus representantes eleitos, não exerçam em pleno o respectivo mandato ?
Onde está a salvaguarda do interesse público, ao exercem actividades no sector privado, que obviamente espera e exige deles, a defesa de interesses particulares?

Porém já os funcionários públicos são obrigados à exclusividade de funções no Estado - com a excepção inexplicável para os médicos - , sendo invocado para tal o argumento falacioso, de que doutra forma, estaria posta em causa a independência na decisão da administração pública.

Mas contudo para a elaboração da legislação, que rege a vida dos cidadãos, e que obviamente tem de ser caracterizada entre outras, pelo equilíbrio, ponderação e capacidade de regulação de conflitos diversos, já não importa que o legislador tenha algum interesse directo, ou indirecto nas leis que elabora.

As declarações do actual Bastonário da Ordem dos Advogados, sobre esta matéria são de uma clareza meridiana, o que já lhe causou ser o alvo de inúmeros, mas de forma alguma desinteressados ataques.