Telescópio Espacial Hubble - A Obra Prima da Humanidade.

Nenhum outro equipamento permitiu observar o universo de forma tão completa como o telescópio espacial Hubble, orbitando a uma altitude de 589 km do nosso planeta e a uma velocidade de 7,59km/seg.

 

Pela primeira vez foi possível ver para além da nossa própria galáxia e começar a descobrir as diversas estruturas do universo, os cataclismos do cosmo que ocorrem frequentemente e entender os mecanismos do nascimento, vida e morte das estrelas por exemplo. E até poder antever o futuro do nosso sol - uma estrela de meia idade - que poderá durar tal como a conhecemos mais 5 mil milhões de anos, ou na notação americana cerca de 5 biliões de anos.

 

Após 2020 o telescópio Hubble será substituído parcialmente pelo seu sucessor de nome James Webb atualmente em fase adiantada de construção, que entre outras capacidades poderá captar os sinais (radiação infravermelha) presentes no cosmos, bem como conhecer a formação de estrelas e galáxias, datando do momento inicial do Big Ban.

Quadro Comparativo da Evolução da Capacidade de Observação do Espaço, pelos Telescópios.

 

 Esta obra prima da técnica deveria permitir aos seus criadores a obtenção do Prémio Nobel, tal foi o contributo que deram para o conhecimento da nossa essência mais longínqua.

Visita Papal a Fátima e Segurança.

Como é sabido terá lugar entre 12 e 13 de Maio a visita Papal ao Santuário de Fátima e como é habitual nestas situações, está em curso um plano de segurança desenhado para este grande evento religioso.

Uma das componentes deste plano de segurança contempla a proteção contra o sobrevoo não autorizado, por por aparelhos aéreos comandados e vulgarmente designados por drones.

 

Já deu para compreender, que o governo e mais concretamente  o Ministério da Administração Interna não fez o trabalho prévio, de avaliação de riscos relativamente a esta tecnologia, quando utilizada sob a forma de ameaça, ou de perturbação em grandes eventos.

 

Agora só à última hora, ou seja em cima do acontecimento é que os decisores públicos (ainda) estão a avaliar a aquisição de equipamento de neutralização de aparelhos tipo drone.

 

Não ocorreu a estas personagens, que tal equipamento não funciona sózinho, necessita antes de operadores qualificados e a respetiva formação não pode ser feita à pressa e sem critério de qualidade, sob pena da sua total ineficiência.

 

Como já acontece noutras áreas estamos a ser governados por curiosos, ou aprendizes de feiticeiro.

 

Nota: O equipamento anti-drone é uma arma, que utiliza ondas de rádio para cortar a ligação entre o drone e o seu controlador.

 

"A la Villa Voy" - Cancioneiro de Elvas, Século XVI.

A la villa voy,
De la villa vengo:
Si no son amores,
No sé que me tengo.

Tengo mi cuidado
Con dolor crecido,
Y es aborrecido
De mi el ganado.

Llena de dolores
La vida sostengo:
Si no son amores
No sé que me tengo.

A Descentralização Anárquica .

Certamente motivado por alguma razão esotérica, o governo defendeu a ideia peregrina de fazer de cada  município uma região para delegação de competências e em particular o seu ministro adjunto tem vindo a anunciar a ladainha ininterrupta das respetivas medidas, de forma avulsa e descontextualizada e remetendo para futuro incerto a proposta legislativa.

Não ocorreu às mentes iluminadas deste exercício de experimentalismo administrativo, que mais de um terço dos municípios tem menos de 10 mil habitantes e na maioria destes existem juntas de freguesia com menos de mil residentes. De modo que descentralizar poderes de entidades nacionais como a ASAE (inspeção económica), a DGAV (saúde animal), DGCI (avaliação de imóveis - IMI), para estruturas sem escala para tal, onde a proximidade entre o fiscalizador e o fiscalizado não permite, nem garante isenção, nem muito menos autoridade, configura o triunfo absoluto do caciquismo e do amiguismo; isto é tão básico que nem um estudante caloiro de direito administrativo cometeria um erro tão grosseiro.

Seria possível transferir algumas competências governamentais para as C.C.D.R, cuja áreas de atuação correspondem a 5 regiões em que já existe escala adequada, porém o modelo existente das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, cujos órgãos não são eleitos e o presidente até é nomeado pelo governo, inviabiliza qualquer veleidade nesta matéria.

A questão requer um estudo aprofundado realizado por uma universidade de referência, para enquadramento e reflexão prévios, é que o modelo do tipo anárquico e caótico proposto, não tem qualquer viabilidade de aplicação.

Texto do autor deste blog publicado no Jornal Público de 06.03.2017.

O "Quarteto" !

Os chefes dos governos de Itália (Paolo Gentiloni), da Espanha (Mariano Rajoy), da França (François Hollande) e da Alemanha (Angela Merkel) reuniram em Versailles e defenderam a tese de uma Europa a "várias velocidades", que permita a alguns Estados- membros avançarem mais depressa que outros (sic?!).

Mas avançarem como, quando e para onde? Para uma federação com centro de decisão em Berlin?

A liderança germânica organizada e astuta como sempre destaca-se na afirmação e capacidade de levar à prática os seus desígnios. Exatamente ao contrário dos restantes países representados na foto ...

A União Europeia sem o bom senso e a firmeza de posições do Reino Unido, rapidamente ficará na dependência total do eixo franco-alemão, hoje totalmente germânico face à decadência e fragilidade da França.

Apesar de a François Hollande restar pouco tempo de governação no Palácio do Eliseu, correm fortes rumores que a sua presença neste encontro faz parte dos preparativos para a sua escolha (negociada), como Presidente do Conselho Europeu.

Como é possível uma figura que foi um autêntico desastre à frente da Presidência em França, vir ser escolhido para liderar um orgão representativo da União Europeia?

Nota: Ampliando a foto dá para verificar, que os dirigentes espanhol e italiano estão nas tribunas erradas...
Donald Tusk foi reeleito Presidente do Conselho Europeu, curiosamente com o voto contra do seu país de origem: a Polónia ! Por agora o fantasma de F. Holande esfumou-se ... valha-nos isso!

Marx ? Só Mesmo o Groucho (e Irmãos) !

Groucho é o único personagem de apelido Marx que reconheço e admiro, pelo seu talento, inteligência e também pela capacidade de transmitir alegria e bem estar a milhões de seres humanos.
 

 Os seus irmãos Chico e Harpo também tiveram um papel importante na carreira de Groucho, se bem que sem o brilhantismo deste.
 

Quanto ao outro, o tal do século XIX foi o oposto de Groucho, deixou um rasto de miséria, sofrimento e morte, a outros tantos milhões; nem a Alemanha onde nasceu, o quis dentro de fronteiras.

De modo que para mim Marx ... só mesmo o Groucho !

O "Milagre" do Défice Público de 2016 - 2,3% do P.I.B.

O valor do défice público relativo a 2016, de 2,3%* do P.I.B. pode parecer um grande resultado, mas não o é de facto, vejamos os truques que o governo levou a cabo para o atingir:

a) Decreto de um perdão fiscal, que permitiu ao Estado uma receita de  mais de mil milhões de €s.

b) Forte queda do investimento público, quando se previa um de crescimento de 20% , através de sucessivas cativações ao orçamento.

c) Distribuição extraordinária de dividendos ao Estado pelo Banco de Portugal.

d) Venda à Roménia de 12 caças F-16 MLU modernizados em Portugal.

e) Forte aumento de impostos sobre o tabaco e combustíveis.

f) Atraso deliberado no pagamento a fornecedores no setor da saúde.

g) Não foi por acaso que o aumento de capital do banco público (Caixa Geral de Depósitos) não foi realizado em 2016, uma vez que esse valor tem de ser levado à contabilização do déficite público.

Nota:

O lado positivo deste défice é que sendo o défice inferior a 3%, irá permitir a Portugal sair do preocedimento da Comissão Europeia por défice excessivo.

O lado negativo é a existência do própria défice, é que enquanto ele existir a dívída pública aumenta.

Depois acontece que muitas destas medidas não são repetíveis a curto prazo.

E finalmente convirá dizer que truques de contabilista manhoso ou criativo  não constituem propriamente soluções para as finanças públicas de qualquer país!

*Nota- O ministro das Finanças Mário Centeno declarou em Fevereiro deste ano, que o défice público de 2016 ficou no máximo em 2,1% do P.I.B. Esperemos pela divulgação das contas públicas consolidadas ...